O Estadão apurou que, desta vez, foram demitidos colaboradores de diferentes áreas da companhia, como design, eventos, produção, plataformas e a gestora. Em maio, a empresa tinha 230 funcionários.
Recentemente, o sócio Joel Jota, conhecido por ser autor de livros e ex-atleta de natação, deixou o grupo, o que diz ter sido uma escolha pessoal.
As demissões em empresas que atuam no nicho de investimentos em renda variável começaram neste ano, com a subida da taxa Selic, que levou muitos investidores para a renda fixa. A Empiricus, conhecida por relatórios de empresas de capital aberto e Bolsa de valores, também fez um corte no primeiro semestre, em que 100 pessoas foram demitidas.
Trabalho excessivo
No Glassdoor, site de avaliação de empresas por funcionários, os comentários negativos falam sobre cobranças desnecessárias, falta de clareza nas demandas e o estímulo a horas extras sem remuneração.
“Fazem os funcionários trabalharem às 5 da manhã sem hora extra. Ninguém levanta da cadeira antes das 19h pois fica malvisto. Acúmulo de funções e carga de trabalho intensa, inclusive em fins de semana e feriados”, diz um usuário da plataforma que teria trabalhado na empresa. “Trabalho exaustivo sem reconhecimento monetário. Horas extras? Esquece! Muitas promessas de sociedade sem critério. Liderança muito jovem e mimada”, diz outro comentário.
Na plataforma, também há relatos de que os funcionários tinham de se reunir para a leitura de princípios cristãos, sempre com passagens bíblicas e “exposição de funcionários”.
O Estadão não conseguiu contato com o Grupo Primo.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.