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Produção industrial do setor eletroeletrônico cai 8,7% no acumulado do semestre

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Estadão Conteúdos

No acumulado do 1º semestre, a produção industrial do setor eletroeletrônico caiu 8,7% em relação ao igual período de 2021, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do IBGE compilados pela Abinee. É importante destacar, segundo a entidade, que mesmo sendo ainda muito significativa, nota-se redução na intensidade da queda.

“Observa-se que, no 1º trimestre de 2022, a produção do setor ficou 12,9% abaixo do igual período do ano passado, enquanto que no 2º trimestre de 2022, a queda foi menor, atingindo 4,2% na comparação com o mesmo período de 2021”, afirmam os economistas da Abinee.

De acordo com a entidade, é importante ressaltar que a produção do setor no 2º trimestre de 2022 cresceu 2,5% em comparação com o 1º trimestre deste ano.

Ao avaliar o resultado no acumulado do 1º semestre de 2022, nota-se que a retração da produção da indústria eletroeletrônica resultou do recuo de 14,6% da área elétrica e da queda de 1,9% da área eletrônica.

A Abinee destaca que a área elétrica, que apontou queda mais expressiva no 1º semestre de 2022, também havia registrado aumento mais significativo neste mesmo período do ano passado. Vale lembrar que a produção da área elétrica havia aumentado 24,4% de janeiro a junho de 2021, enquanto que o incremento da área eletrônica foi de 15,3%, sempre comparados a iguais períodos de 2020.

Média Móvel Anual

A média móvel anual da produção total da indústria eletroeletrônica começou a indicar perda de dinamismo da atividade a partir do segundo semestre de 2021. Esse comportamento vem sendo influenciado pela falta de componentes no mercado, principalmente de semicondutores e sua consequente alta de preços. Mesmo com esses entraves, a produção começou a esboçar sinais de recuperação nos últimos meses.

A média móvel anual da produção, a partir do mês de maio, interrompeu o movimento de queda que vinha ocorrendo desde meados do ano passado, podendo indicar estabilidade da atividade.

“As medidas de estímulo à economia implementadas pelo governo, como a liberação de recursos do FGTS e antecipação do 13º salário para aposentados e pensionistas, podem ter contribuído para este movimento”, avalia o presidente da Abinee, Humberto Barbato.

Porém, segundo ele, permanecem as dificuldades com a falta de semicondutores, elevação da inflação e taxa de juros, redução da massa de rendimento salarial juntamente com as incertezas políticas face às eleições. Mesmo assim, a sondagem realizada pela Abinee mostra que as expectativas para 2022 permanecem favoráveis.