A estimativa para este ano avançou de 5,56% para 5,60%, de 5,38% há um mês. O objetivo a ser perseguido pelo Banco Central em 2022 é de 3,50%, com tolerância de 2,0% a 5,0%. Ou seja, o Boletim Focus segue indicando o segundo ano consecutivo de rompimento da meta, após o desvio de 4,81 pontos porcentuais do IPCA de 2021 (10,06%).
Com o impacto do conflito no Leste Europeu sobre os preços internacionais de petróleo, o fornecimento de fertilizantes e também sobre o funcionamento das cadeias globais de produção, a avaliação de especialistas é de aumento da pressão sobre a inflação brasileira. Por outro lado, a redução do IPI tende a aliviar o IPCA.
No Boletim Focus, a expectativa para o IPCA em 2023 teve elevação de 3,50% para 3,51%, acima do centro da meta (3,25%, banda de 1,75% a 4,75%). A mediana era 3,50% há quatro semanas.
Considerando as 58 alterações nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2022 também subiu levemente, de 5,59% para 5,61%. Para 2023, as 57 alterações feitas nos últimos cinco dias úteis elevaram a estimativa mediana de 3,51% para 3,57%.
Para 2024, a mediana subiu pela terceira semana seguida, de 3,09% para 3,10%, enquanto a projeção para 2025 continuou em 3,00%. Há quatro semanas, ambas as projeções eram de 3,00%.
A meta para 2024 é de 3,00%, com margem de 1,5 ponto porcentual (de 1,5% para 4,5%). Para 2025, por sua vez, a meta deve ser definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em junho.
No comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) de fevereiro, o BC atualizou suas projeções para a inflação com estimativas de 5,4% em 2022 e 3,2% em 2023. O colegiado elevou a Selic em 1,5 ponto porcentual, para 10,75% ao ano.