Sem direito a voto neste ano nas decisões de juros, Barkin disse que o esforço para estabilizar as expectativas de inflação nos EUA “pode exigir um período de mais aperto” na política monetária, em comparação com o “padrão recente”.
O dirigente ponderou que “poderíamos estar entrando em uma nova era”, com ventos contrários na inflação, mas não garantiu que isso se materialize, acrescentando que seria prematuro concluir que já estamos em período de inflação mais elevada. De qualquer modo, reafirmou que a meta de inflação de 2% não seria alterada, “mas o rumo para alcançá-la poderia mudar”.
Barkin citou alguns motivos para cautela, como os lockdowns na China para conter a covid-19, e eventual contágio financeiro. De qualquer modo, considerou que a inflação poderia “cair por si”, com o quadro atual de aperto monetário, mas também não descartou que seja preciso “fazer mais”.
Questionado sobre o câmbio, Barkin disse que o dólar forte é uma implicação natural da economia dos EUA e também do que o Fed tem feito com os juros.
Segundo ele, isso ajuda a reduzir preços do petróleo, o que ajuda a conter a inflação. Por outro lado, o dólar valorizado é um fator negativo para as exportações, lembrou.