O ETF pode ser uma excelente oportunidade para você que deseja diversificar sua carteira de ações. Os Exchange Traded Funds (ETFs), cuja tradução livre significa Fundos Negociados em Bolsa ou Fundo de Índices, estão cada vez mais no radar dos investidores brasileiros como opção de rentabilizar os ganhos no mercado de ações.
Para entrarmos mais a fundo nesta modalidade de investimento é preciso, primeiramente, entendermos o conceito de Fundos de Investimento.
Então vamos lá. Você certamente sabe o que é um condomínio, certo?
O Fundo de Investimento funciona de forma muito semelhante. Assim como um edifício possui um patrimônio para suprir as necessidades de todos, formado pelo conjunto de cotas entre os condôminos, um Fundo também é um patrimônio constituído por um grupo de cotas, mas oriundo de diversos investidores diferentes.
Cada investidor compra uma determinada quantidade de cota e paga uma taxa de administração a um terceiro, ou seja, ao gestor. Este, juntamente com sua equipe de gestão, aloca o patrimônio do fundo estrategicamente em ativos, de acordo com a estratégia do fundo. Esse é o profissional que coordena a estratégia do fundo, gerenciando seus recursos no mercado.
O Fundo de Investimentos é formado por um grupo de ativos (como ações, Renda Fixa, moedas, commodities) sem que seja necessário que o investidor compre cada ativo separadamente. Ao invés de comprar ativos da Vale ou da Petrobras, por exemplo, você adquire, por meio do Fundo de Ações, um pacote de ações de diversas empresas.
Alguns Fundos focam em produtos típicos da Renda Fixa. Outros priorizam produtos da Renda Variável. E há também Fundos híbridos, ou seja, que mesclam essas duas modalidades, ou seja, os Fundos Multimercados.
Agora que você entendeu, podemos passar mais detidamente ao ETF.
ETF: um Fundo que replica índices
Os ETFs são fundos comercializados como ações. Além disso, o ETF replica a carteira de um índice de referência como o Ibovespa. Esse fundo de índice, por exemplo, é comercializado no mercado de ações por meio da sigla BOVA11. É como se investíssemos em uma cesta de ações, em que a rentabilidade da carteira acompanha o seu respectivo índice.
Só para termos como exemplo, caso o Ibovespa suba 8% em um mês, o ETF do Ibovespa terá um desempenho muito similar, já descontada a taxa de administração. Por outro lado, caso haja uma desvalorização no Ibovespa, o mesmo irá ocorrer ao ETF.
Portanto, ao investir em ETF, costuma-se usufruir da facilidade de fazer uma única negociação em Bolsa e ter uma carteira diversificada.
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ETFs no mercado brasileiro
Investir em ETFs no Brasil funciona como investir em ações de uma empresa por meio de uma corretora. É possível ver na tabela abaixo os ETFs listados na Bolsa. Elas podem ser visitadas no próprio site da B3.
No Brasil, as gestoras tradicionais de ETFs estão sob domínio:
. da Black Rock Brasil, por meio da BOVA 11;
. do banco Itaú, via BOVV11 e PIBB11;
. e da Caixa Econômica Federal, XBOV11.
Como mostra a tabela acima, existem outros ETFs no mercado brasileiro. É importante atentar-se, dentre outras coisas, para a rentabilidade desses fundos de índices e fazer comparações entre eles.
Abaixo, segue o boletim mensal de setembro de 2018 publicado pela B3 em relação à performance dos ETFs negociados no mercado brasileiro.
Note que o desempenho dos ETFs que investem no índice Bovespa (BOVA11, BOVV11 e XBOV11) possuem a performance dos últimos 12 meses semelhantes e estão abaixo de MATB11, IVVB11 e SPXI11 atrelados a outros índices.
Quais são os benefícios do ETF?
Segundo a maior gestora global de ETFs, a Black Rock, custo, conveniência e escolha são alguns dos motivos pelos quais os investidores devem considerar usar o ETF em suas carteiras. Listamos algumas delas:
. Flexibilidade: o ETF proporciona exposições adequadas à carteira básica;
. Custo-benefício: em geral, o ETF tem taxas menores de administração, quando comparado aos fundos ativos, e os custos são mais fáceis de calcular.
. Diversificação: o ETF oferece uma única fonte de exposição instantânea a retornos de diversos títulos;
. Transparência: o ETF mostra cada título no fundo, assim você sabe exatamente o que tem;
. Liquidez: o ETF é listado em bolsa de valores e pode ser negociado a qualquer momento durante o pregão;
. Acesso: o ETF permite acesso instantâneo a mercados internacionais.
Custos para investir no Exchange Traded Fund (ETF)
Importante saber também quais são os custos no momento de adquirir um ETF. São eles:
. Taxa de corretagem: pode ser cobrado um preço fixo ou percentual sobre o valor de transação;
. Taxa de custódia: corretoras e Bolsa podem cobrir custos operacionais;
. Taxa de emolumentos: são cobrados por operação realizada;
. Taxa de administração: o valor cobrado pode ser de 0,20% a 0,80% do valor do investimento, em geral.
Fique atento quanto ao valor, já que uma taxa de administração pode atrapalhar seus rendimentos.
Conclusão
Por fim, é sempre bom lembrar que, se as ações que fazem parte do ETF estão em queda, isso terá reflexos na rentabilidade do índice. Por outro lado, se a perspectiva do cenário econômico, como por exemplo, a aprovação da reforma da Previdência for uma possibilidade real, a possibilidade dos papeis subirem seu valor de mercado é alto.
Nesse sentido, esteja sempre atento aos boletins e relatórios organizados pelas empresas que fazem parte dos ETFs. Assim, você pode ter mais controle das performances obtidas pelo ETF.