Em 2021, o retorno foi impactado pela perda de 0,82% com o resultado cambial, parcialmente compensado pelo ganho de 0,20% com juros e demais fatores, aponta o relatório.
Em relação ao resultado cambial, o BC afirma que o dólar dos Estados Unidos se valorizou ante as demais moedas que compõem as reservas. Já o resultado com juros foi impactado pela leve alta de juros nos EUA de um lado, mas compensado pelo ganho com investimento em títulos indexados à inflação americana e títulos públicos chineses, segundo o BC.
Em 31 de dezembro de 2021, as reservas internacionais do Brasil totalizavam, pelo conceito caixa, US$ 362,20 bilhões, volume um pouco maior ante o fim de 2020 (US$ 355,62 bilhões).
Considerando como moeda-base o Direito Especial de Saque (DES) – cesta de moedas definida e utilizada como numerário pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) -, a rentabilidade das reservas internacionais foi positiva em 2,27% no ano passado.
Nesse caso, o BC explica que o resultado positivo reflete o fato de as reservas brasileiras terem um porcentual maior de dólar norte-americano (80,34% em dezembro de 2021) do que a composição do DES. O DES é composto por dólar norte-americano (41,6%), euro (31,3%), libra esterlina (8,2%), iene (7,4%) e renminbi (11,4%) – dados de 23 de dezembro de 2021. “Ao final de 2021, 95,77% das reservas internacionais brasileiras estavam alocadas nas moedas que compõem o DES.”
Já o resultado consolidado das reservas medido em reais em 2021 foi positivo em 6,72%. “Nesse caso, as variações do real em relação às moedas da reserva dominam o resultado total. Adicionalmente, como a volatilidade do real é significativamente mais alta que a do dólar ante seus pares, o resultado nesse numerário sofre ainda mais influência das flutuações cambiais”, explica o BC.