A avaliação está em um texto publicado nesta segunda-feira, 31, no blog da entidade, e tem o ex-presidente do Banco Central (BC) brasileiro Ilan Goldfajn como um de seus signatários. “Os governos precisarão combinar a luta contra a inflação com políticas estruturais que reiniciem o crescimento”, apontou a análise.
Desde janeiro, Goldfajn é diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI. Ele assina o texto com Anna Ivanova, vice-chefe na divisão de estudos regionais do mesmo departamento, e Jorge Roldos, diretor-assistente do mesmo departamento.
Crescimento
O Fundo projeta que a América Latina e o Caribe cresçam 2,4% neste ano (em outubro, projetava alta de 3,1%) e 2,6% em 2023. Apenas para o Brasil, as projeções são de avanço de 0,3% e 1,6%, respectivamente.
A desaceleração ante o ano anterior era algo inevitável em 2022, com as economias retornando aos níveis pré-pandemia, disse o FMI. “Mas o rebaixamento reflete outros desafios, entre eles, um crescimento menor da China e dos Estados Unidos, problemas continuados na oferta, condições monetárias e financeiras mais apertadas e o surgimento da variante Ômicron”, afirmou.
O trio também destacou a inflação em alta no ano passado. “Em algumas das maiores economias na região (Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru), os preços subiram 8,3% em 2021 – o maior salto em 15 anos e maior do que em outros mercados emergentes”, disse o FMI em sua análise.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.