O IIF diz que já vinha advertindo “há algum tempo” para o risco de recessão global.
O foco do instituto era a zona do euro, devido à invasão da Rússia na Ucrânia, e a China, com as políticas contra a covid-19 agindo como um freio “substancial” para o Produto Interno Bruto (PIB), aponta.
Agora, porém, o IIF afirma que a maior surpresa de baixa em seu monitoramento dos dados globais vem dos Estados Unidos, “onde uma forte alta nos juros hipotecários está levando o setor imobiliário a uma recessão profunda”.
O instituto vê muitas incertezas no quadro atual. Parece “improvável” que a pandemia da covid-19 vá perder fôlego, em meio a mutações e a novas ondas de casos, o que exige restrições adicionais à circulação.
O IIF vê ainda a China como “o principal ponto de interrogação” em sua projeção para o crescimento global, já que muito depende da disseminação da variante Ômicron da covid-19 e dos lockdowns. “Seja o que ocorrer, a China não deve ser uma fonte de estímulo, conforme crescem os riscos de recessão global”, afirma.