No mercado há 15 anos, a WayCarbon, fundada em Belo Horizonte, assessora agentes públicos e privados em projetos de sustentabilidade. Seu negócio está ancorado em três frentes principais: consultoria ESG; software de gestão para apoiar a implementação de estratégias sustentáveis; e o comércio de crédito de carbono. A consultoria está presente em 18 países e conta com um quadro de 180 funcionários. A expectativa do Santander, apurou o Estadão, é que o negócio dobre de tamanho nos próximos dois anos.
Esse crescimento será possível por conta da internacionalização do negócio. Apesar da WayCarbon ser brasileira, o negócio não foi fechado pela subsidiária do banco no País, mas pela matriz espanhola.
A ideia do Santander é que exista uma sinergia grande entre as atividades da consultoria com o banco, especialmente na área do agronegócio.
Créditos de carbono
A instituição também se baseia no potencial do crescimento do mercado voluntário de carbono, que atende à demanda de créditos para empresas que decidem neutralizar as suas emissões de maneira voluntária.
A expectativa é que esse mercado salte de 200 milhões de toneladas registradas em 2021 para algo em torno de 350 a 400 toneladas. Com o braço do agronegócio, o Santander também poderá estimular a geração de crédito de carbono voluntário dos seus clientes.
O Santander afirma que a aquisição da WayCarbon é um passo importante para apoiar seus clientes ao redor do mundo sob a ótica de sustentabilidade.
“O acordo ajudará o banco a avançar ainda mais em seus próprios objetivos ESG, comprometendo-se com o mercado voluntário de carbono, com programas de reflorestamento e de conservação florestal e com outras formas de comércio de emissões”, afirmou o diretor global de Corporate & Investment Banking do Santander, José M. Linares, em nota.
Já o CEO da WayCarbon, Felipe Bittencourt, disse que o acordo assinado ontem vai ajudar na expansão global do negócio, com produtos e serviços especializados para uma gama maior de empresas nos dez principais mercados na Europa e nas Américas.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.