“Eu não estou prevendo para 2022 nenhuma coisa alarmante em sinistralidade para essas carteiras mais massificadas”, disse Antonio Trindade, presidente da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), que representa os ramos de danos, entre outros.
Segundo ele, é mais difícil prever o que vai acontecer nos seguros contra danos agrícolas, dadas as mudanças climáticas, que são incertas. Entretanto, ele considerou que, nos seguros de automóveis e cibernéticos, os números estão mais altos neste ano que no ano passado. Ainda assim, os índices devem convergir para a média dos últimos quatro anos.
Já João Alceu Amoroso Lima, presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), considerou que uma parte dos sinistros relacionados à covid deve ser vista ainda no quarto trimestre deste ano. Ele lembrou que há um intervalo, no setor, entre o evento que gera o sinistro e seu pagamento. Por isso, as mortes causadas pela covid podem ainda se refletir em resultados futuros.
“Há uma expectativa de que essa sinistralidade no (quarto) trimestre fique ainda em patamar superior ao terceiro, e então inicia-se o ciclo de o mercado se ajustando de novo para trabalhar na sinistralidade histórica, de 80%, a 81%”, disse ele.
A Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi) acredita que o pior já ficou para trás. “Já vemos ambiente mais favorável em sinistralidade, com vacinação”, disse Jorge Nasser, presidente da entidade. Segundo ele, o impacto neste ano foi de R$ 4,3 bilhões, relacionado a indenizações por morte em planos de previdência. De abril a dezembro de 2020, foi bem menor, de R$ 1,1 bilhão, o que demonstra a magnitude da segunda onda da pandemia.
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