Investimentos

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Sou médico e não invisto, como começar?

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Você é médico ou estudante de Medicina, tem capital, mas sabe muito pouco sobre o mercado de investimentos? Então, não deixe de ler este conteúdo até o final. Aqui, abordamos o essencial a respeito desse mercado e seus principais conceitos, como indexadores, renda fixa, renda variável, tesouro direto e tudo o que você precisa saber acerca do assunto para realizar investimentos seguros, que tragam uma excelente rentabilidade.

São informações indispensáveis para os médicos ou estudantes de Medicina que ainda não investem, mas que estão procurando por conteúdos de qualidade para lhes orientar nessa importante missão. Confira!

Antes de tudo, é válido fazer a seguinte pergunta: investir é muito arriscado?

A resposta é: depende. Se você investe sem ter o mínimo conhecimento do que está fazendo, com certeza é, assim como realizar uma cirurgia médica sem conhecer como se faz o procedimento.

Agora, se você sabe o mínimo necessário para tomar boas decisões, provavelmente vai ver seu dinheiro render muito em suas aplicações, tranquilo como guiar um bisturi na hora da cirurgia. Você sabe exatamente do que estamos falando, não é mesmo? É preciso estudar o mercado para realizar bons investimentos, como em praticamente tudo na vida.

Indexadores, renda fixa, variável… por onde começar?

Existem muitos conceitos no mundo dos investimentos. No entanto, não é possível detalhar cada um deles neste conteúdo, porque aí teríamos que produzir um livro. Brincadeiras à parte, apresentamos algumas definições com o objetivo de esclarecer o assunto. É um ótimo começo para os médicos e estudantes de Medicina que desejam investir.

O que são indexadores?

Indexador, basicamente, é todo e qualquer índice econômico usado como referência para estabelecer a rentabilidade de um investimento.

Exemplo: “título do Tesouro Direto com vencimento em 2035, IPCA + 3%”. Isso significa que, até o fim do prazo mencionado, os rendimentos estarão atrelados ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido mês a mês, somado a 3% do valor investido.

Os principais indexadores são:

• SELIC: taxa básica de juros da economia. É a “mãe” de todas as taxas. Investimento atrelado a ela cai ou sobe ao seu ritmo;

• IPCA: é o índice inflacionário do país, medido pelo IBGE, com base na oscilação dos principais bens de consumo do Brasil;

• CDI: é a taxa de juros usada pelos bancos para emprestar dinheiro entre si. Quando sobra dinheiro no caixa de um banco, no final do dia, parte desse dinheiro é emprestada a outro que ficou com o caixa negativo devido ao alto volume de saques. O CDI (Certificado de Depósito Interbancário) é um dos indexadores mais usados em renda fixa e costuma ficar bem próximo da Taxa Selic.

O que é renda fixa?

É toda forma de investimento em que o investidor “empresta” dinheiro para uma instituição, pública ou privada, com a garantia de que irá receber o dinheiro, ao final de um determinado prazo, com juros. É um modo que os bancos e o Governo têm de aumentar o próprio caixa e, assim, poder trabalhar esse capital. Sim! É isso mesmo! Estado e banqueiros também buscam por empréstimos com vocês: médicos, estudantes de Medicina e outros profissionais liberais!

E, antes que você pergunte o que os indexadores têm a ver com isso, já respondemos: tudo!

Quando um banco ou o Governo pega o seu dinheiro emprestado, os cálculos são feitos de duas formas: em cima de taxa pré-fixada ou pós-fixada. Entenda a diferença:

• Pré-fixada: a rentabilidade do investimento é estabelecida no momento em que você investe (“empresta seu dinheiro”). Exemplo: “tesouro pré-fixado, com vencimento em 2035 – 3,0% ao ano.” Significa que, do momento em que você investir até resgatar o seu dinheiro, a rentabilidade anual será sempre essa.

• Pós-fixada: a rentabilidade do investimento é estabelecida por um indexador. Exemplo: “tesouro pós-fixado – IPCA + 3,0%” quer dizer que seu rendimento anual será a soma da taxa de inflação daquele ano mais 3,0% do capital que você investiu.

Clicando aqui você poderá ler o nosso Guia Completo e Definitivo sobre a Renda Fixa.

As principais rendas fixas são:

• LCI e LCA: LCI significa “Letras de Crédito Imobiliário”, um título criado para apoiar a criação de crédito imobiliário no país. LCA quer dizer “Letras de Crédito do Agronegócio”. A grosso modo, você empresta dinheiro ao banco para que ele empreste a outros e, em troca disso, recebe o valor aplicado mais um rendimento pré-estabelecido na hora da compra desse título.

Um dos grandes atrativos dessas letras é o fato de que são protegidas pelo FGC (Fundo Garantidor de Créditos), uma instituição privada que, no Brasil, assegura até R$ 250 mil ao investidor em caso de dissolução do banco ou corretora que ofereceu o título para compra. Você pode ter até 5 aplicações cobertas. Passando de 1 milhão (5 x 250 mil), você já não é mais assegurado se houver perda;

• CDB (Certificado de Depósito Bancário): assim como as LCIs e LCAs, o CDB também é um título de renda fixa, com alto grau de segurança para quem investe. Funciona assim: para poder emitir empréstimos diariamente, os bancos precisam também pegar dinheiro emprestado. Investir em um CDB é emprestar, a prazo, dinheiro ao banco, com taxa pré ou pós-fixada, com a garantia do FGC;

• Poupança: é o investimento mais procurado pelos brasileiros. Apesar de muito seguro e protegido pela FGC, é um dos mais fracos em termos de rentabilidade;

• Tesouro Direto: é o programa do Tesouro Nacional, criado com o objetivo de tornar mais acessíveis os investimentos em títulos públicos. O funcionamento é similar ao de títulos privados, mas, nesse caso, você empresta ao Governo, que, em teoria, usa esse capital para financiar programas de desenvolvimento do país.

O que é renda variável?

A renda variável consiste na compra de ações, que são partes de um empreendimento. Diferente da renda fixa, a variável sofre oscilações diárias segundo a expectativa dos investidores em relação ao mercado interno, externo e área de atuação da referida marca.

Na renda variável não há garantia do FGC mas, em compensação aos riscos de perda, os ganhos são enormes, sobretudo se comparados aos da renda fixa.

As principais rendas variáveis são:

• Ações: trata-se de frações de um empreendimento e se dividem em 2 tipos: “Ordinárias” e “Preferenciais”. Na primeira, a depender da quantia que se investe, você se torna sócio da empresa e tem direito a voto nas principais decisões de diretrizes. Na segunda, embora se torne participante dos negócios, não pode interferir nas ações da companhia, independente da quantidade de ações que tenha;

• Fundo de Renda Variável: nada mais é que um portfólio pronto, com várias ações, escolhidas por um gestor. Você paga para fazer parte e obter os lucros dessa carteira, mas tem de dar uma parte do que ganha ao gestor, e não costuma ser pouco;

• FIIs: são frações de um empreendimento (galpões logísticos, shoppings, prédios, etc.). A rentabilidade vem da valorização das cotas, que são precificadas diariamente pelos investidores. Mas há também o recebimento de aluguéis mensais, assim como ocorre com imóveis físicos.

Conclusão

Agora que você conhece os principais conceitos envolvidos no universo dos investimentos, fica mais fácil começar a investir. No entanto, esse é apenas o começo para que você, médico ou estudante de Medicina, obtenha uma boa rentabilidade ao investir.

Isso significa que é preciso muito mais do que conhecer os conceitos do mercado de investimento. É preciso estudar cada modalidade de investimento, definir seu perfil de investidor e pesquisar o mercado (comportamento, oscilação etc.), com o objetivo de garantir informações seguras que possam lhe orientar nesta importante tarefa que é investir. Portanto, o caminho só está começando.

Precisa de ajuda para realizar bons investimentos? Entre em contato conosco! Nós teremos o maior prazer em ajudar os médicos e estudantes de Medicina a aumentarem o seu patrimônio.