Grandes varejistas no país se beneficiaram nos últimos dois anos do impulso na pandemia para comprar itens para casa, impulsionados por economias e pagamentos do governo. Agora, muitas delas enfrentam dificuldades para lidar com uma rápida mudança do comportamento dos consumidores, que gastam menos em produtos e privilegiam serviços e de outras necessidades, como alimentos e combustível.
Duas semanas após publicar lucro abaixo do esperado, o Target informou nesta terça-feira que reduzirá mais sua expectativa de lucro para o ano, já que precisará se livrar mais rápido do excesso de estoque no trimestre atual.
No mês passado, a empresa disse que seu estoque aumentou 43% no segundo trimestre, com queda na demanda por móveis para ambientes externos e por alguns eletrônicos, por exemplo, bem como por atrasos na entrega das cadeias de produção de muitos produtos que agora haviam perdido a janela ideal de vendas.
A Target diz que pretende cancelar encomendas, quando possível, ou usar promoções para remover o excesso de estoques no trimestre atual. O cancelamento levará a multas adicionais, enquanto os descontos reduzem a lucratividade de cada venda. A notícia é o mais recente sinal de que muitas varejistas sofrem para navegar um ambiente que muda rápido.