O DI para janeiro de 2023 subiu de 11,595% na sexta-feira a 12,015% (regular e estendida). O janeiro 2025 passou de 11,228% a 11,41% (regular, na máxima), refluindo a 11,345% na estendida. E o janeiro 2027 avançou de 11,137% a 11,41% (regular, na máxima), passando a 11,305% na estendida.
Em termos de liquidez, o janeiro 2023 movimentou 477 mil contratos; o janeiro 2025, 196 mil; e o janeiro 2027, 73 mil. A média da semana passada foi, respectivamente, de 580 mil, 272 mil e 106 mil.
Os juros futuros ampliaram sensivelmente a alta nos minutos finais da sessão, já sob a preparação de uma abertura intensa na terça-feira. Há o tradicional leilão de NTN-Bs (15/05/2025, 15/08/2032 e 15/05/2045) e o de LFTs (01/03/2025 e 01/03/2028) às 11 horas, com os lotes a serem conhecidos nesta terça-feira cedo. Mas além da gestão da dívida, o que mais preocupa é o movimento de paralisação de servidores.
Funcionários dos Três Poderes estão programando uma parada nacional por reajustes de salários, em alguns casos congelados desde 2017. O movimento ganhou tração após o presidente Jair Bolsonaro articular, durante a votação do Orçamento de 2022, aumento apenas às carreiras policiais, sua base de apoio.
O temor do mercado é que a pressão surta efeito e comprometa as contas públicas, a despeito dos pedidos da equipe econômica e até de parlamentares para que não haja reajuste a qualquer carreira.
A nebulosidade quanto ao futuro do País em 2022 está presente também nas estimativas dos analistas do mercado financeiro, segundo pesquisa do Projeções Broadcast. A despeito de um avanço em linha com o esperado pelo mercado em novembro para o IBC-Br (0,69% na margem, ante consenso de 0,70%), as medianas do Produto Interno Bruto do quarto trimestre (0,0%) e de 2021 (4,5%) não se alteraram. Para o PIB de 2022, houve até redução – de 0,50% a 0,30%.
No caso da inflação, os agentes observaram nesta segunda-feira o IGP-10 de janeiro, que subiu 1,79% na margem, acima do consenso de 1,55%.
Mas tanto o IBC-Br quanto o IGP-10 não alteraram as apostas para o Copom de fevereiro. De acordo com modelo do professor Alexandre Cabral, a curva precifica 82% de chance de alta de 1,5 ponto porcentual da Selic (contra 18% de 1,25 pp), tal qual mencionado na comunicação recente do Banco Central.