O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado cresceu 148% na comparação anual, chegando em R$ 9,676 milhões. A margem Ebitda ajustado foi de 13,4%.
A receita líquida subiu 183,7%, para R$ 72,146 milhões. A margem bruta ajustada foi de 18,5%.
A inflexão nos resultados da incorporadora está relacionada ao aumento do volume de vendas de imóveis e ao avanço das obras em andamento, acompanhadas de diluição de despesas. Vale lembrar que o setor da construção apura a receita de modo proporcional à evolução das obras.
A companhia informou que também houve ganho na receita pela venda de um terreno remanescente em Curitiba, reversão de provisão de distratos de contratos com alienação fiduciária e recuperação de crédito fiscal relativo a ISS.
As despesas com vendas foram de R$ 7 milhões no terceiro trimestre, representando 10% da receita líquida. A título de comparação, as despesas com vendas foram de R$ 9 milhões no mesmo período do ano passado, representando 36% da receita.
As despesas gerais e administrativas foram de R$ 13 milhões, redução de 25% na mesma base de comparação anual, em função de revisão de contratos com fornecedores, cortes de funcionários e otimização de processos internos.
Também houve uma contribuição importante no balanço vindo do resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras), que ficou positivo em R$ 1 milhão, ante um dado negativo de 18 milhões um ano antes.
A Tecnisa teve consumo de caixa de R$ 23,622 milhões no terceiro trimestre e chegou ao fim de setembro com R$ 138,456 milhões em caixa e outras disponibilidades. Para 2022 há R$ 14 milhões de vencimentos de dívidas corporativas, e para 2023, outros R$ 50 milhões.
A sua dívida líquida cresceu 12,8% em um ano, totalizando R$ 409,497 milhões. A alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e patrimônio líquido) foi a 66,1%, ante 54,8% um ano antes.
Operacional
A Tecnisa lançou dois empreendimentos no terceiro trimestre de 2022, com valor geral de vendas de R$ 232,750 milhões, recuo de 19,2% ante o mesmo período de 2021. Um dos projetos é o Bosque Pitangueiras (situado no Jardim das Perdizes), com mais de 60% de vendas em um único mês. Outro foi o projeto Astral, no bairro da Saúde. As vendas líquidas somaram R$ 112 milhões, alta de 41,7%.
A incorporadora afirmou que teve mais segurança para retomar os lançamentos no Jardim das Perdizes após a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo que julgou improcedente a ação direta de inconstitucionalidade que havia suspendido a Lei Municipal nº 17.561/2021. A decisão permite que a Prefeitura de São Paulo promova o leilão de Cepacs para a continuidade de lançamentos no contexto da Operação Urbana Consorciada da Água Branca, onde está localizado o Jardim das Perdizes.