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Telefônica calcula sinergias de R$ 5,4 bi com incorporação da rede móvel da Oi

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Estadão Conteúdos

A Telefônica Brasil, dona da Vivo, informou ao mercado que vê sinergias potenciais de R$ 5,4 bilhões com incorporação da rede móvel da Oi. Segundo a operadora, esse cálculo é líquida do investimento e do custo de integração.

A maior parte das sinergias, na ordem de R$ 1,8 bilhão, dizem respeito às redes. A tele prevê redução dos custos da operação e manutenção, bem como desativação de sites, despesas menores com implantação 4G/5G, rede core e backhaul, e otimização de TI.

A segunda maior porção das sinergias, de aproximadamente R$ 1,7 bilhão, se referem ao espectro. A companhia projeta despesas menores com a expansão de capacidade de transmissão, o que também passa pelo desligamento de sites.

A Vivo cita também sinergias de R$ 1 bilhão decorrentes da integração da estrutura de vendas, suporte aos clientes e marketing, e R$ 900 milhões via ágio e alocação do preço de compra do espectro, base de clientes e outros.

No comunicado ao mercado, a empresa menciona ainda que, em março, os ativos da Oi adquiridos geraram R$ 135 milhões de receita líquida mensal, a partir do qual espera margem Ebitda acima de 70%, considerando o running-rate das sinergias.

A Vivo teve um custo de aquisição de R$ 5,4 bilhões com a compra da rede móvel da Oi. O pacote inclui: 43 MHz nas frequências de 1.800 MHz, 2.100 MHz e 900 MHz, com cobertura nacional; 12,5 milhões de clientes (37% em pós-pago e 63% em pré-pago); e 2,7 mil sites.

Com esses ativos, a Vivo pulará de 100 para 112 milhões de clientes, sendo que a base será dividida entre 56% de usuários de planos pós-pagos e 44%, de pré.

Com a saída da Oi do mercado de telefonia e internet móveis, a Vivo ampliará sua fatia no segmento de 33% para 38%, sustentando a liderança. Em pós-pago (negócio mais lucrativo), crescerá de 37% para 40%.

Em relação ao espectro, a tele afirmou que a aquisição de 43 MHz consolidará a sua liderança em qualidade do serviço e permitirá reduzir a intensidade dos investimentos.

Migração dos ativos

A Vivo informou ainda que, de agora em diante, começará a trabalhar na integração dos ativos, o que lhe dará mais visibilidade do valor potencial a ser capturado na transação.

O cronograma previsto é o seguinte: migração de clientes temporária via roaming-like (esquema em que os acessos dos clientes são migrados para a Vivo, enquanto a rede e o atendimento continuam sendo fornecidos pela Oi) até o fim do terceiro trimestre.

Nesse mesmo período, está prevista a conclusão da limpeza do espectro e de adaptação dos sites.

A migração completa dos clientes está prevista para ser finalizada até o fim do primeiro trimestre de 2023.