As declarações foram feitas pela manhã, em Brasília, antes da viagem do presidente a São Paulo, mas só divulgadas no período da tarde por um canal bolsonarista no YouTube – e com cortes.
Bolsonaro voltou a criticar a empresa por seus lucros e sua política de preços. “Com toda certeza vamos entrar na Petrobras nessas questões também. Não é possível petrolífera dar 30% de lucro enquanto as outras dão no máximo 15%, para atender interesses não sei de quem”, disse ele aos simpatizantes no cercadinho.
Na avaliação do chefe do Executivo, “todo mundo tem que colaborar” e a Petrobras precisa exercer sua função social. “Todo mundo tem que colaborar, não é ganhar mais dinheiro na crise. É o que infelizmente alguns setores fazem, como a própria Petrobras. ‘Ah tem o estatuto’. Estatuto está acima da lei, não está acima da Constituição. Então, tem o fim social da empresa. O que está em jogo é o futuro do Brasil”, declarou.
O presidente também disse esperar redução no ICMS incidente sobre combustíveis nos Estados após o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), atender ao pedido do governo e suspender a forma de cobrança do imposto pelos governadores.
Como mostrou reportagem do Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho, está sob fritura no governo apenas um mês depois de assumir o cargo.
Ele é ligado ao ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque, demitido por Bolsonaro na semana passada após um novo reajuste dos combustíveis.