Como as regras contábeis definem ativos digitais como ativos intangíveis de vida indefinida, a Tesla disse que precisa reconhecer baixas contábeis para refletir qualquer queda no valor justo de criptomoedas detidas pela empresa abaixo de seu valor contábil.
Na semana passada, Musk revelou que a Tesla vendeu US$ 936 milhões em bitcoin no segundo trimestre para maximizar sua posição de caixa, uma vez que sua fábrica na cidade chinesa de Xangai foi fechada devido a um lockdown motivado por surtos de covid-19. A empresa se desfez de cerca de 75% de sua posição inicial de US$ 1,5 bilhão na criptomoeda, mantendo cerca de US$ 218 milhões em ativos digitais no fim de junho.
Por um breve período, a Tesla aceitou o bitcoin como pagamento por seus veículos, mas acabou suspendendo a política em maio de 2021, em meio a preocupações sobre o uso de combustíveis fósseis para minerar bitcoins. Na ocasião, Musk disse que a Tesla não venderia bitcoins.
Intimação da SEC
A Tesla informou nesta segunda-feira (25) que a Securities and Exchange Commission (SEC, equivalente à CVM no Brasil) emitiu uma segunda intimação à empresa devido a uma declaração de Elon Musk de 2018, em que ele afirma que estava considerando tornar a Tesla privada.
De acordo com o comunicado da empresa, a investigação foi resolvida e encerrada com um acordo firmado com a SEC em setembro de 2018 e conforme esclarecido em abril de 2019 em uma emenda.
“Não há e não houve nenhum desenvolvimento adicional nesses assuntos que consideremos relevantes e, até onde sabemos, nenhuma agência governamental em qualquer investigação concluiu que ocorreu qualquer irregularidade”, diz o documento.
“Como é nossa prática normal, temos cooperado e continuaremos a cooperar com autoridades governamentais. Não podemos prever o resultado ou o impacto de quaisquer assuntos em andamento. Existe a possibilidade de um impacto material adverso em nossos negócios, resultados operacionais, perspectivas, fluxos de caixa e posição financeira”, completa. Com informações da Dow Jones Newswires.