O presidente da Ultragaz, Tabajara Bertelli, afirmou ao Estadão que a aquisição está ligada à crença na transição energética – que certamente terá influência nos negócios da empresa. “De dois anos para cá, estamos olhando para o futuro e rediscutindo a expectativa da empresa, que sempre foi muito focada no GLP (gás liquefeito de petróleo). Estamos acompanhando a transição energética e estudando onde mais a empresa poderia se desenvolver.”
A leitura foi de que a Stella poderia dar um salto se tivesse acesso aos clientes da Ultragaz, presentes em todo o País. A startup passaria a contar com um contingente de vendedores e a ter contato direto com clientes em potencial.
Além de atender 60 mil clientes com gás a granel, feito diretamente no ponto do cliente, a Ultragaz tem 6 mil distribuidores para domicílios.
O negócio da Stella é dar acesso à energia renovável mesmo para quem não quer – ou não pode – investir em placas solares. Segundo a empresa, o consumidor “assina” uma quantidade de energia e a Stella o conecta a uma usina geradora. Não há investimento nem multa por cancelamento.
O potencial da parceria com a Stella, segundo o presidente da Ultragaz, ficou evidente no projeto-piloto, que começou desde o investimento feito pela companhia em 2021. Dos 11 mil contratos da Stella, 1,5 mil já são de clientes da Ultragaz. “Agora, queremos colocar isso em uma escala maior”, disse, sem definir uma meta.
Segundo o executivo, a ideia é deixar o negócio da Stella independente operacionalmente. Após as aprovações necessárias, a startup se tornará uma subsidiária da Ultragaz. “Os fundadores da Stella seguirão à frente do negócio com incentivos para se ter um plano de longo prazo para o negócio.”
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.