Segundo a mineradora, a eliminação de todas as barragens a montante da Vale no Brasil é uma das principais ações para evitar que rompimentos como o da barragem em Brumadinho voltem a acontecer. A Vale reforça que as obras de descaracterização são complexas, com soluções customizadas para cada estrutura e estão sendo realizadas de forma cautelosa.
Conforme a empresa, a barragem Baixo João Pereira continha cerca de 72 mil metros cúbicos de sedimentos, que foram completamente retirados do reservatório e dispostos em pilhas de estéril da Mina Fábrica, conforme autorização prévia dos órgãos competentes. Não havia moradores na Zona de Autossalvamento (ZAS) da estrutura, que tinha Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) positiva e cumpria a função de conter os sedimentos provenientes das operações de mina no complexo Fábrica. Durante as obras foram gerados cerca de 230 empregos, a maioria para residentes da região de Congonhas.
O Dique 4 também não tem mais a função de reter rejeitos. A estrutura não recebia rejeitos desde 2014 e o material removido foi disposto em área devidamente preparada dentro do próprio Sistema Pontal. Não havia moradores ou comunidades dentro da ZAS.