Carlos Correa, superintendente da Apas, disse que, devido à alta inflacionária, o setor observa uma busca do consumidor por preços mais baixos, o que privilegia o formato de atacarejos – que não entram na conta do índice de vendas da instituição. Ainda assim, a Apas observa que o comércio de vizinhança têm mostrado números mais fortes.
No início do ano, as previsões de crescimento para o setor eram de 3%, já no segundo trimestre, foram revistas para 1,5%. A atual projeção de alta anual é de 1,25%. No entanto, nas próximas semanas, deve haver nova revisão. Para estimar crescimento nos próximos meses a associação conta com o Auxílio Brasil e o 13º salário, que podem impulsionar as vendas de fim de ano nos supermercados do Estado.
Só o Auxílio Brasil deve injetar R$ 1,7 bilhão na economia paulista. “Isso é o valor referente às parcelas do auxílio que já estão garantidas para esse ano. Esperamos que o novo auxílio dê certo, respeitando o teto de gastos. Mas, para o próximo ano, a inflação também deve vir para o controle”, afirma Correa.
De janeiro a setembro, o faturamento real do setor supermercadista registrou queda de 10,11% na comparação com o mesmo período do ano passado. A comparação entre setembro de 2020 com setembro de 2021, por sua vez, aponta uma diminuição no faturamento real de 10,90%.
O Índice de Vendas dos Supermercados (IVS) mede o Faturamento Real dos hipermercados e supermercados que representam 85% do setor supermercadista paulista.