A outra parte do acordo envolve a opção de adquirir, dos sócios da Comerc, até 20% de ações ordinárias, por um preço de R$ 1,25 bilhão. A depender do atingimento de determinadas métricas de desempenho de longo prazo e da implantação de capacidades adicionais às previstas em seu plano de negócios, os sócios poderão receber, futuramente, a uma parcela complementar a título de “earnout”, ou seja, uma compensação financeira futura.
Segundo o fato relevante da Vibra, as debêntures terão prazo de vencimento de quatro anos, sendo conversíveis em ações ordinárias até 28 de fevereiro de 2022. O exercício da opção de compra dos 20% remanescentes deverá se dar de maneira concomitante com a conversão das debêntures, caso em que a Vibra atingirá até 50% de participação na Comerc.
“O negócio representa mais um passo no reposicionamento da Vibra para se tornar uma empresa de energia, privilegiando a transição energética e rumo a uma economia de baixo carbono. A associação está alinhada ao planejamento estratégico da companhia pois permite agregar competências complementares em uma plataforma integrada de energia, preparada para fornecer soluções para clientes finais com potencial e capacidade financeira para ser uma das mais relevantes empresas de energia do Brasil”, afirmou a distribuidora.
Ainda no fato relevante, a Vibra destaca que a Comerc é “uma das principais comercializadoras de energia do Brasil”, atuando na comercialização, gestão de energia para consumidores livres, geradores e pequenas distribuidoras, soluções de eficiência energética, baterias e plataformas de informação e tecnologia.
Os recursos que seriam captados no IPO da Comerc tinham como destino seis projetos de energia solar e dois eólicos. Além disso, 11% do total iria para investimentos em geração distribuída na área de concessão da Cemig, a empresa de energia elétrica do Estado de Minas Gerais. A Comerc tem 16% do mercado, com 1,2 mil clientes, e presta serviços para grupos como Ambev, BRF, Whirlpool e Klabin.