Ele disse ainda que a alta na curva de juros registrada no mês de outubro “basicamente traduz o noticiário fiscal”. “O Tesouro teve uma postura mais ativa no acompanhamento de mercado em outubro, para ajustar a atuação a condições de mercado. Quando observamos o mercado com maior volatilidade, ajustamos lotes de leilão e horários de portarias para contribuir com estabilidade”, completou.
Segundo Vital, isso explica o leilão de menor volume registrado ontem. Ele ressaltou que, em outubro, a DPF poderá voltar a observar resgate líquido depois de vencimentos “expressivos” – R$ 270 bilhões só de LTN. Em novembro e dezembro, porém, a expectativa é de emissões líquidas.
Em relação ao aumento no custo da dívida pública – que subiu de 6,44% a.a. em agosto para 6,91% a.a. em setembro – o secretário ressaltou que há uma série de elementos que explicam isso, como a alta na inflação e na Selic.
Resgates
O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública disse que o resgate de papéis registrados em setembro foi o segundo maior da história, atrás apenas de abril deste ano. Em setembro, os resgates somaram R$ 236,198 bilhões.
Isso se deveu à concentração de vencimentos no mês passado, principalmente de papéis atrelados à taxa Selic – 96% dos resgates foram de LFT. “Setembro registrou maior aversão a risco por investidores. Houve aumento na percepção de risco de emergentes em setembro”, completou.
De acordo com Vital, o aumento na curva de juros em setembro foi explicado por preocupações com o fiscal. Há pouco, o Tesouro informou ainda que a divulgação do Relatório Semestral de Projeções da Dívida Pública, prevista para hoje, foi adiada para novembro.