Os primeiros veículos a receber o equipamento serão dez ônibus elétricos que vão circular em Sorocaba (SP). O “pack” envolve módulos de baterias, células de íons de lítio e tubos de refrigeração. Segundo Manfred Peter Johann, diretor da Weg Automação, a produção nacional é inédita e será inicialmente voltada apenas a caminhões, ônibus e embarcações.
Segundo ele, as células são importadas por não existir produção local, e outros itens são nacionais. Johann não revela o investimento no projeto, que está inserido no programa de aplicar anualmente 2,7% da receita operacional líquida. A projeção é investir R$ 1 bilhão este ano.
Outra área de atuação da Weg é a de carregadores residenciais, semipúblicos (para shoppings e estacionamentos) e públicos (rodovias e postos de combustível).
“Além de desenvolver as estações de recarga, criamos um ecossistema com aplicativo para usuários que mostra onde estão as estações, quais estão livres e permite agendamento de recarga”, informa Johann. Outro aplicativo, voltado aos operadores de estações de recarga, indica os equipamentos em uso, valor da carga e forma de pagamento. Hoje a maioria dos postos não cobra pela energia.
Parcerias
A Weg atua com a Renault e a Stellantis (Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën) para fornecimento de carregadores para revendas e clientes, e com a BMW num projeto de uso de energia solar em carregadores.
O País tem hoje 1.250 postos de recarga pública e semipública, número que vem crescendo. Embora o mercado de eletrificados ainda seja pequeno – a frota atual é de 87 mil veículos, a maioria híbridos que não são carregados na tomada -, Johann vê os investimentos em infraestrutura e o aumento de modelos elétricos à venda como uma preocupação cada vez maior das empresas com a sustentabilidade e descarbonização.
Assinatura
E a Weg não está sozinha neste mercado. Criada há dois anos e meio para atuar só em condomínios e locadoras, a startup Power2Go oferece do carregador (desenvolvido e produzido por ela) à instalação, medição de energia, otimização de carga e manutenção. A startup já instalou mais de 250 carregadores e prevê chegar a mil até o fim do ano. Outro diferencial é que opera apenas com assinaturas.
“Para que pagar de R$ 15 mil a R$ 20 mil para ter um carregador sem nenhum serviço associado e ter risco de colapso da instalação elétrica do prédio?”, diz Carlos Olimpio Freitas, diretor da Power2Go.
Na assinatura, diz ele, o cliente paga aluguel fixo mensal a partir de R$ 300 por ponto, valor que inclui carregador, instalação e manutenção.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.