Em reação, a Febraban publicou em suas redes um texto dizendo que os bancos “não vivem uma crise de identidade nem se abrigam atrás de letras, marketing e grifes, não procuramos nem precisamos nos esconder”. Sem citar a XP, a entidade afirma que provocações aos bancos têm sido comuns.
“A mais recente provocação surgiu nesta semana, vinda de uma instituição que integra a Febraban, mas nega a si própria com o título #EuNãoBanco. Se essa instituição financeira não se banca, nós, bancos, bancamos”, afirma o texto. “Há décadas, os bancos brasileiros e centenas de milhares de bancários bancam e mantêm a economia brasileira funcionando, especialmente nos momentos de maior turbulência, como recentemente na crise da pandemia.”
Crédito
O texto da entidade cita ainda que desde o começo da pandemia de covid-19 até agosto, os bancos concederam R$ 12 trilhões em crédito e questiona o que fizeram “aqueles que nos provocam”. A Febraban afirma ainda que as grandes instituições financeiras bancam o pagamento de bilhões de reais em benefícios sociais e que os novatos buscam o bônus, e não o ônus da regulação bancária.
O texto é assinado pelo presidente da entidade, Isaac Sidney. “Somos bancos e continuaremos sendo bancos, sem meias palavras, com ou sem provocações. Ser confiável, robusto e moderno ao mesmo tempo, de fato, demora. Muitos não aguentam.”
A XP recebeu a primeira autorização do Banco Central para atuar como banco em 2018, e o Banco XP é um dos associados à Febraban. Além disso, está representada na diretoria executiva da entidade por Rafael Furlanetti, sócio-diretor institucional da XP, e no conselho diretor, por José Berenguer, presidente do banco da casa.
Essa não é a primeira vez que a Febraban reage a críticas feitas pelos chamados “novos competidores”. Em 2021, a entidade respondeu à Zetta, associação que reúne algumas das principais fintechs do País – nenhuma delas, porém, associada à própria Febraban.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.