Embora otimista pelos acordos firmados, inclusive com a oposição, Lira admitiu que o cenário é incerto, mas ponderou que uma definição sobre o texto é urgente, diante da necessidade de dar assistência a até 20 milhões de famílias em situação de pobreza e extrema pobreza. “De hoje não passa”, disse. “Minha obrigação é pautar. Ou ela será aprovada, ou não será.”
Logo no início de sua fala, Lira já adotou uma espécie de vacina e afirmou que não tinha como afiançar o resultado. Há três semanas, o presidente da Câmara foi derrotado na votação de uma PEC para alterar as regras do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
“Daqui a pouco estaremos votando PEC dos precatórios com todos os acordos feitos. Não tenho compromisso com resultado, quero deixar isso bem claro”, avisou.
Até poucos minutos antes da votação, aliados do governo evitavam cravar um placar esperado para a votação, dada a incerteza do cenário. O governo precisa de 308 deputados para aprovar a PEC em dois turnos de votação, e integrantes da base precisaram negociar com o PDT, partido de oposição, para conseguir apoio, uma vez que partidos geralmente alinhados ao governo como MDB e PSDB não estão favoráveis à proposta.
Lira ainda avisou que deve votar os dois turnos da PEC ainda nesta sessão, indicando que os trabalhos podem se estender até a madrugada desta quinta-feira, 4.