O documento é assinado também pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Conselho Federal de Economia (Cofecon) e pela Federação Brasileira de Geólogos (Febrageo).
As entidades contestam a adoção pela Petrobras da política de Preço de Paridade de Importação (PPI), que considera nos cálculos dos reajustes dos combustíveis as variações cambial e da cotação do petróleo internacional, além dos custos logísticos para trazer os produtos de outros países. Na prática, por todo combustível consumido no Brasil é cobrado preço de importação, ainda que a maior parte da demanda seja atendida com produção interna.
“A própria existência da Petrobras e sua liderança na exploração de águas profundas, bem como as reservas do pré-sal, foram demonstradas desnecessárias, já que pagamos preço de importação. Nenhum país no mundo produtor de petróleo e com refinarias adota este modelo de política de preços”, traz o documento.
No manifesto, as entidades argumentam que os combustíveis poderiam estar mais baratos no Brasil que no mercado internacional, com valores compatíveis com a renda da população, e que isso ajudaria a impulsionar a economia interna. “Precisamos também ter a empresa prestigiando o conteúdo local”, acrescenta.
A essas críticas, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, tem respondido que a adoção do PPI garante o abastecimento do mercado interno, porque investidores privados não colocariam dinheiro no País se essa política de preços não estiver vigente.
A Aepet, no entanto, rebate a crítica afirmando que a Petrobras possui caixa para investir. A interpretação das entidades que assinam o manifesto é que a Operação Lava Jato serviu para desqualificar a estatal frente à opinião pública e que, mesmo no pior momento da empresa, sua geração operacional de caixa e liquidez corrente estavam elevadas.