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Viveo lucra R$ 61,255 mi no 3º trimestre; alta de 140,6%

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Estadão Conteúdos

Em sua primeira divulgação de balanço após o IPO, a Viveo registrou lucro líquido de R$ 61,255 milhões no terceiro trimestre de 2021, alta de 140,6% ante o mesmo período do ano passado. No critério ajustado, a companhia somou lucro de R$ 80,463 milhões, crescimento de 153,1%.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do grupo de produtos e serviços de saúde somou R$ 53,850 milhões no trimestre, queda anual de 36,3%. Por outro lado, no critério ajustado, a empresa atingiu avanço de 33,5%, para R$ 118,888 milhões.

A margem Ebitda ficou em 3,6%, com recuo de 3,4 pontos porcentuais (p.p.), enquanto a margem ajustada fechou o trimestre em 8,2%, com alta de 0,9 p.p.

A receita líquida totalizou R$ 1,495 bilhão no terceiro trimestre, com crescimento de 23,5%. A empresa encerrou o mês de setembro com caixa líquido de R$ 137,2 milhões.

A companhia registrou um aumento de 157,8% nas despesas gerais e administrativas, atingindo R$ 240,922 milhões, ao mesmo tempo que teve aumento de 17,1% nos custos, para R$ 1,229 bilhão.

Entre os destaques do trimestre, a companhia anunciou duas grandes aquisições: a Profarma Speciaty, especializada em distribuição de medicamentos, e da Cirúrgica Mafra, também de medicamentos e insumos hospitalares. No quarto trimestre, a empresa já anunciou outras cinco aquisições: Tecno4, Pointmed, Apijã, Laborsys e Macromed.

“É um balanço importante, por ser a primeira divulgação da empresa, e conseguimos mostrar a entrega do que contamos aos investidores no IPO”, afirma Leonardo Byrro, CEO da Viveo, ao Broadcast. “Captamos R$ 655 milhões no IPO, e se olhamos todos os nossos movimentos de IPO que anunciamos até agora, já superam R$ 1 bilhão.”

Sobre a alta de custos, item que pesou no balanço, o executivo aponta que a alta nos preços de insumos trouxe impactos importantes nos negócios. “Entre seis insumos relevantes que apresentamos, temos uma variação acumulada entre 40% e 100% de aumento de custo nos primeiros nove meses do ano. Estamos atuando tanto em iniciativas internas para conseguir ser mais eficientes quanto com aumentos de preços”, afirma.

Estratégia

Desde agosto, quando realizou sua estreia na Bolsa, a Viveo perdeu cerca de 12% em valor de mercado. Embora negativo, o número é melhor do que o de outras estreantes no mercado de capitais na mesma época, como a Kora Saúde (perda próxima de 32%) e Oncoclínicas (49%).

“Poderia ser melhor, mas estamos felizes com a performance no comparativo, pois de fato a Bolsa sofreu como um todo, e especificamente o setor de saúde”, aponta Byrro. “Acreditamos que nosso desempenho foi um pouco melhor porque focamos na qualidade da base de nossos investidores, o que foi inclusive um motivo para adiarmos nosso IPO em abril: queríamos ter uma base de investidor com visão de longo prazo e não um acionista que tenha tanta volatilidade no curto prazo.”

Sobre os próximos passos da empresa, Byrro aponta que a empresa continua a busca por crescer nas divisões em que possui margens melhores: laboratórios, varejo e serviços. Ele destaca que essas frentes são formas de contornar o aumento de preços de insumos, além de aproveitar a fragmentação do mercado, que proporciona grandes oportunidades de crescimento.

“Continuamos vendo oportunidades nos segmentos de serviços, laboratórios e distribuição de materiais, além de algumas na parte de manufatura de produtos descartáveis. Não temos nenhum novo canal ou negócio que estejamos olhando: estamos focados em consolidar a posição nesses quatro negócios, e as aquisições estão em todas elas”, conclui.