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Ouro fecha em alta, impulsionado por payroll e com perspectivas para ações do Fed

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Estadão Conteúdos

O contrato mais líquido do ouro fechou em alta, em sessão na qual foi impulsionado pela publicação do payroll nos Estados Unidos, que registrou um número de criação de vagas em novembro consideravelmente abaixo do esperado por analistas. Como resultado, as perspectivas para uma alta de juros pelo Federal Reserve (Fed), que vinham pressionando o metal em virtude do seu potencial fortalecimento do dólar e dos rendimentos dos Treasuries, ficou questionada. Ainda assim, a semana foi de queda para o ouro.

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para fevereiro subiu 1,20%, a US$ 1.762,70 por onça-troy. Na semana, o metal recuou 0,77%.

Após a criação decepcionante de 210 mil empregos nos EUA, quando a estimativa era de abertura de 573 mil vagas, “os preços do ouro explodiram” já que o fracasso “reduziu as chances de que o Fed dobraria a velocidade do taper”, diminuindo também as expectativas para o primeiro aumento da taxa do Fed, aponta Edward Moya, analista da Oanda. Por sua vez, “depois que os traders processaram todo o relatório, eles perceberam que não era tão ruim, já que a taxa de participação aumentou drasticamente, e o desemprego de negros e hispânicos também melhorou significativamente”, pondera.

O Commerzbank também vê sinalizações positivas para o mercado de trabalho, como a revisão de alta de 82 mil vagas no dado de outubro, “o que sugere que o número do mês passado pode ter sido maior”, e o aumento no número de horas trabalhadas, indicando dificuldade das empresas em contratar. “Em resumo, a recuperação segue em curso”, completa a instituição.

“Os mercados continuam a antecipar dois aumentos nas taxas do Fed no próximo ano, o que deve manter a demanda pelo dólar”, aponta Moya. Por sua vez, mesmo com o Fed parecendo prestes a encerrar a redução de estímulos no início do primeiro trimestre, os traders não estão confiantes de quando os rendimentos reais ficarão positivos e isso deve ser o principal motivador para o ouro subir”, avalia. Antes da decisão do Fed de 15 de dezembro, o ouro deve se consolidar entre US$1.750 e US$1.800 a onça-troy, projeta.