Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para fevereiro subiu 1,20%, a US$ 1.762,70 por onça-troy. Na semana, o metal recuou 0,77%.
Após a criação decepcionante de 210 mil empregos nos EUA, quando a estimativa era de abertura de 573 mil vagas, “os preços do ouro explodiram” já que o fracasso “reduziu as chances de que o Fed dobraria a velocidade do taper”, diminuindo também as expectativas para o primeiro aumento da taxa do Fed, aponta Edward Moya, analista da Oanda. Por sua vez, “depois que os traders processaram todo o relatório, eles perceberam que não era tão ruim, já que a taxa de participação aumentou drasticamente, e o desemprego de negros e hispânicos também melhorou significativamente”, pondera.
O Commerzbank também vê sinalizações positivas para o mercado de trabalho, como a revisão de alta de 82 mil vagas no dado de outubro, “o que sugere que o número do mês passado pode ter sido maior”, e o aumento no número de horas trabalhadas, indicando dificuldade das empresas em contratar. “Em resumo, a recuperação segue em curso”, completa a instituição.
“Os mercados continuam a antecipar dois aumentos nas taxas do Fed no próximo ano, o que deve manter a demanda pelo dólar”, aponta Moya. Por sua vez, mesmo com o Fed parecendo prestes a encerrar a redução de estímulos no início do primeiro trimestre, os traders não estão confiantes de quando os rendimentos reais ficarão positivos e isso deve ser o principal motivador para o ouro subir”, avalia. Antes da decisão do Fed de 15 de dezembro, o ouro deve se consolidar entre US$1.750 e US$1.800 a onça-troy, projeta.