“O Nubank é uma verdadeira tech company”, disse Passoni ontem, durante evento da Eurasia e da B3 (a Bolsa brasileira) sobre as perspectivas para o banco digital. O SoftBank é um dos investidores-âncora do IPO do banco, ou seja, se comprometeu a ficar com parte dos papéis – logo, tem interesse no bom desempenho das ações ao longo do tempo.
“Acho que vão ser bem-sucedidos, mas a tarefa não é fácil”, disse o executivo, ao falar do cenário para o banco, ressaltando que a fintech terá desafios para aumentar a escala e manter a qualidade de produtos e serviços. “O que tenho visto deles até agora é um nível sem precedentes de qualidade em tudo o que fazem.”
Segundo seus cálculos, se o banco conseguir garantir que cada um de seus clientes gaste US$ 20 (cerca de R$ 115) em produtos e serviços ao ano, pode conseguir chegar a um lucro de US$ 8 bilhões – hoje, o banco dá prejuízo. Se esse lucro se materializar, o banco digital pode valer “US$ 200 bilhões, US$ 300 bilhões”. Esse é o cenário positivo, disse Passoni, no qual investidores como o Softbank acreditam. “É claro que as coisas podem ir melhores que isso, podem ser piores”, afirmou Passoni.
Em uma oferta de ações como a do Nubank, mais do que certezas, o investidor trabalha com expectativas. “Se você quer certezas, compra o setor de utilities”, disse ele, referindo-se a papéis de companhias com receitas estáveis, como energia elétrica.
Passado o “barulho” da estreia do Nubank na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse), o executivo do Softbank disse que será preciso monitorar os números do banco digital “trimestre por trimestre” para ver se os administradores vão conseguir executar o esperado.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.