Em relatório mensal, a AIE reduziu sua previsão de oferta para 2022 de produtores fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) em 100 mil barris por dia (bpd) e cortou sua previsão de demanda na mesma quantidade, tanto este ano quanto no próximo. A agência prevê que o consumo da commodity crescerá 5,4 milhões de bpd em 2021 e 3,3 milhões de bpd em 2022.
As viagens aéreas e, em particular, o consumo de combustível de aviação, serão os mais afetados pela variante, disse a AIE. Mas, no geral, a cepa vai “desacelerar temporariamente, mas não interromper, a recuperação da demanda por petróleo”, na visão da entidade com sede em Paris.
A opinião da AIE de que o impacto da Ômicron será limitado ecoou a visão da Opep, exposta em relatório divulgado ontem. No entanto, há divergências entre a avaliação das duas organizações sobre a produção global de petróleo no próximo ano.
O cartel com sede em Viena argumentou que falta de investimento de países produtores de petróleo fora da aliança é um “potencial limitante do crescimento”, mas a AIE destacou que EUA, Canadá e Brasil devem produzir em níveis recordes.
A AIE disse que a Arábia Saudita e a Rússia – os dois líderes da Opep+ – também podem bater recordes de produção, se a aliança continuar sua política de desfazer os cortes de produção implementada no ano passado, quando o impacto econômico global da pandemia piorou. Pelos cálculos da instituição, a produção da Opep+ avançou 400 mil bpd em novembro. Fonte: Dow Jones Newswires.