“Houve um pequeno crescimento nas vendas deste Natal, mas se for aplicado na inflação não é um crescimento real. Tivemos mais um ano difícil para o comércio com falta de matéria prima, inflação pressionando preços, a elevação dos custos de ocupação das lojas e a correção do aluguel pelo IGP, que nos últimos 24 meses teve alta de até 47% nos contratos”, declara Mauro Francis, presidente da Ablos.
Na enquete foi notado um leve crescimento das vendas no setor de vestuário das lojas físicas, em especial das marcas que atendem o público A e B. Para as lojas de vestuário, o crescimento apontado foi de 6%. No segmento de alimentação, o crescimento foi de 7,5%, o mesmo registrado no setor de joalherias. A maior queda registrada na enquete foi do setor de acessórios, com um tombo de 15% nas vendas.
A associação optou por fazer a comparação com 2019, já que em 2020 o comércio ainda lidava com restrições de funcionamento em razão da pandemia. De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings (Alshop) divulgado na última segunda-feira, os estabelecimentos do setor registraram alta real de 10% nas vendas natalinas em relação a 2020.
A Alshop estima que as vendas dentro dos centros de compras somem R$ 204 bilhões no acumulado de 2021, o que representaria um crescimento de 58% em relação a 2020. Se comparado ao faturamento de 2019, porém, é prevista uma redução de 3,5% das vendas.