O Dow Jones fechou o pregão em alta de 0,59%, aos 36799,65 pontos, renovando mais uma vez a máxima histórica de fechamento. O S&P 500 caiu 0,06%, aos 4793,54 pontos, após renovar o recorde intraday durante o pregão, e o Nasdaq recuou 1,33%, aos 15622,72 pontos.
“A maioria dos principais mercados de ações está agora aproximadamente de volta, ou um pouco à frente, de onde estavam quando a notícia da variante Ômicron apareceu pela primeira vez no final de novembro”, aponta a Capital Economics. Desta forma, as atenções se voltam para o aperto do Fed, e segundo levantamento do CME Group, mais de 60% das apostas de investidores apontam uma alta dos juros básicos nos EUA já em março. Para o Bank of America, no momento, as ações correm mais risco de uma correção do que ganhos estendidos em meio a uma pausa na queda do custo de capital. Olhando para 2021, o banco aponta que energia (+48%) e imobiliário (+42%) foram os setores com melhor desempenho no S&P 500.
Segundo a Capital Economics, a forte queda de hoje no Nasdaq, que segue o salto nos rendimentos dos Treasuries nos últimos dias, ilustra os potenciais ventos contrários para os mercados de ações. Com os juros aliados às valuations, a consultoria vê como improvável uma repetição dos ganhos extraordinários dos últimos dois anos nas ações. Entre as principais quedas, Apple (-1,27%), Amazon (-1,69%) e Microsoft (-1,71%).
Por outro lado, a perspectiva de juros mais altos impulsionou Goldman Sachs (+3,07%), JPMorgan (+3,79%), Wells Fargo (+3,98%) e outros dos principais bancos. Além deles, um dos destaques da sessão foi a ação da Ford, que subiu 11,67% após a montadora dobrar a meta de produção da versão elétrica da picape F-150, a 150 mil por ano.