O volume importado de bens de capital – considerado como investimentos no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) do País – teve um crescimento de 3,5% em relação a 2020. As importações de bens de consumo duráveis registraram aumento de 46,1% na passagem de 2020 para 2021. Já as importações de bens intermediários, que incluem os insumos para a produção, alcançaram patamar recorde em 2021, com crescimento de 25,6% em relação a 2020.
“Na comparação entre o volume exportado de bens de capital, bens duráveis de consumo e bens intermediários, somente o último mostra uma tendência de crescimento. Nesse grupo estão as principais commodities brasileiras”, apontou o Icomex, em nota da FGV.
No ano de 2021, a balança comercial brasileira registrou superávit recorde de US$ 61,2 bilhões, US$ 10,8 bilhões a mais que em 2020. A corrente de comércio (exportações mais importações) atingiu um ápice de US$ 500 bilhões, devido a um aumento de 34,2% nas exportações e de 38,2% nas importações na passagem de 2020 para 2021.
O aumento das exportações foi puxado por uma elevação de 29,3% nos preços, enquanto o volume cresceu 3,2%. Nas importações, o volume aumentou 21,9%, enquanto os preços avançaram 13,1%.
A China se manteve como o principal parceiro comercial do Brasil, tanto pelo lado das exportações como das importações. A China recebeu 31,3% de todas as exportações brasileiras em 2021 (ante 32,4% em 2020). A participação dos chineses nas importações do Brasil foi de 23,4%. O superávit brasileiro no comércio com a China passou de US$ 33 bilhões em 2020 para US$ 40,1 bilhões em 2021.
Os Estados Unidos foram o segundo maior parceiro comercial do Brasil. Houve aumento tanto nas exportações quanto nas importações, mas o déficit comercial do Brasil com os Estados Unidos aumentou de US$ 6,4 bilhões em 2020 para US$ 8,3 bilhões em 2021.
Já o comércio com a Argentina fez o Brasil passar de um superávit de US$ 591 milhões em 2020 para um déficit de US$ 69,9 milhões em 2021.