Segundo a FGV, a queda de janeiro representa uma desaceleração na sequência negativa iniciada no fim do ano passado. “O resultado negativo foi influenciado pela percepção de queda no volume de vendas no momento. As perspectivas para os próximos meses melhoram, mas ainda é cedo para comemorar, considerando o patamar abaixo do nível neutro do índice. A inflação elevada, renda média do trabalhador em baixa, confiança dos consumidores em queda e juros em alta, parecem ser fatores que pressionaram a confiança do comércio nesse nível mais baixo”, diz nota divulgada pela FGV.
Em janeiro, a queda do Icom foi puxada pela percepção em relação ao momento presente. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) recuou 3,5 pontos, para 80,5 pontos, menor nível desde março de 2021, quando ficou em 75,9 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE-COM) subiu 2,7 pontos, para 90,0 pontos.
Segundo a FGV, houve quedas em três dos seis principais segmentos do comércio acompanhados pela sondagem. A sequência de quedas no Icom nos últimos meses têm aproximado o nível de confiança dos segmentos, conforme o indicador de dispersão abaixo, informou a FGV.
“O desvio padrão do Icom dos segmentos do setor chegou a registrar 14,9 pontos em dezembro de 2020, sendo o recorde da série. Após esse período crítico, a dispersão entre os segmentos oscilou ao longo de 2021 fruto dos reflexos da pandemia na atividade do setor. Nos últimos meses, essa dispersão voltou a cair mostrando uma aproximação entre os segmentos, mas de maneira não virtuosa, em patamar baixo”, diz a nota da FGV.
A Sondagem do Comércio de janeiro coletou informações de 726 empresas entre os dias 3 e 26 do mês.