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Dólar segue em baixa com exterior positivo e à espera do Copom

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Estadão Conteúdos

Os investidores ajustam posições nesta quarta-feira diante do recuo da moeda americana e dos juros dos Treasuries no exterior, enquanto os futuros de Nova York, as bolsas europeias e grande parte das moedas emergentes e ligadas a commodities operam com ganhos nesta manhã, após balanços melhores que o esperado e alta recorde da inflação ao consumidor na zona do euro, no dado preliminar de janeiro. Há compasso de espera também pela decisão do Copom, que sai após o fechamento dos mercados.

Os investidores locais olham ainda os dados da produção industrial brasileira em dezembro e a aceleração do índice de inflação em São Paulo nesta manhã, mas sem alterar as apostas já consolidadas para a reunião do Copom de hoje, de alta de 1,5 ponto porcentual da Selic, para 10,75% ao ano. De 30 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, 27 (90%) esperam que o Banco Central (BC) comunique um novo ajuste de juros na segunda reunião do ano, enquanto duas avaliam que a autoridade monetária não deve indicar uma alta.

A principal dúvida entre os participantes do mercado é a magnitude do novo aumento a ser sinalizado pelo colegiado. Entre 28 entrevistados, a maior parte (9) espera que o Copom mantenha em aberto a magnitude do aperto da reunião de março, enquanto 8 esperam que o colegiado se comprometa com uma alta de 1,0 ponto porcentual dos juros. Outras 5 instituições estimam que o BC sinalize uma alta de 1,5 ponto na reunião.

A produção industrial subiu 2,9% em dezembro ante novembro de 2021, na série com ajuste sazonal, informou mais cedo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou acima do teto das estimativas de analistas captadas pelo Projeções Broadcast, que iam de uma queda de 0,3% a um avanço de 2,2%, com mediana de alta de 1,6%. Em relação a dezembro de 2020, a produção caiu 5,0%. Nessa base de comparação, sem ajuste, as estimativas variavam de um tombo de 8,0% a uma queda de 1,0%, com mediana de queda de 5,9%. No ano de 2021, a indústria teve avanço de 3,9%, próximo da mediana das projeções para o resultado fechado do ano, que apontava um avanço de 3,8%. As estimativas iam de alta de 3,6% a avanço de 5,4%.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,74% em janeiro, de 0,57% em dezembro e de 0,66% na terceira quadrissemana do mês passado, segundo a Fipe. O resultado de janeiro superou o teto das estimativas de oito instituições de mercado consultadas pelo Projeções Broadcast, que variavam de alta de 0,54% a 0,73%. No período de 12 meses até janeiro, o IPC-Fipe acumulou inflação de 9,60%, vindo em linha com o consenso do mercado.

Às 9h29 desta quarta-feira, o dólar à vista caía 0,19%, a R$ 5,2627. O dólar para março recuava 0,08%, a R$ 5,2970.