Com a alta do câmbio e dos preços de referência da gasolina e do óleo diesel no mercado internacional, a defasagem dos preços praticados pela Petrobras no mercado interno já atingem 12%, informou o presidente da Associação Brasileiras dos Importadores de Combustíveis (Abicom), inviabilizando importações.
O dólar fechou com leve aumento na sexta-feira, e ainda opera em patamar elevado, a R$ 5,33. Já o petróleo segue pressionando os preços futuros.
Na sexta-feira, o barril do Brent para abril subiu a US$ 93,27 e analistas já preveem que o preço pode chegar a US$ 100 este ano, refletindo a restrição da oferta e possíveis conflitos entre Rússia e Ucrânia.
A Petrobras está há 27 dias sem aumentar a gasolina e o diesel, apesar do presidente da empresa, general Joaquim Silva e Luna, ter afirmado na semana passada que a estatal precisa acompanhar o preço de paridade de importação para não dar prejuízo como no passado, e que não pode fazer política pública segurando os preços.
Ele afirmou ainda que a Petrobras faz reajustes quando observa mudanças estruturais, e não conjunturais.
Para equiparar os preços ao mercado externo, segundo a Abicom, a Petrobras deveria elevar em média o litro da gasolina em R$ 0,45 e do diesel e R$ 0,50.
“Com a alta no câmbio e nos preços da gasolina e do óleo diesel no mercado internacional, o preço médio da gasolina e do óleo diesel no Brasil operam com diferenciais negativos em todos os portos analisados”, conclui a Abicom.