O dólar renovou máxima há pouco, a R$ 5,2887 (+0,65%) no mercado à vista. O ajuste reflete a ampliação do ganho do dólar ante pares principais e a disseminação maior do avanço também em relação a divisas emergentes e ligadas a commodities no exterior há pouco.

O estrategista da RB Investimentos, Gustavo Cruz, avalia que o mercado de câmbio acompanha a elevação do dólar no exterior, diante da espera pela divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos na quinta-feira e das perspectivas de inicio de alta de juros nos EUA em março, e com as tensões comercial entre EUA e China e a queda do petróleo pesando também.

Ele aponta ainda como indutores da demanda por dólar as perspectivas fiscais piores no Brasil, com discussão política de medidas mais populista de corte de impostos e concessão de novos benefícios à baixa renda em ano de eleição presidencial, que podem impactar a inflação neste ano, além do repique em janeiro e na semana passada da alta dos preços das commodities.

Mais cedo, segundo Cruz, o dólar perdeu força, de forma pontual, caindo à mínima a R$ 5,2517, com ajustes após a ata do Copom indicar novas elevações em intensidade menor da Selic, mas com ciclo de aperto possivelmente maior que o esperado.