De acordo com ele, o choque inflacionário na zona do euro é “exógeno”, mas pode se estender caso os preços de energia não reduzirem e as cadeias globais seguirem enfrentando dificuldades por conta de restrições relacionadas à covid-19.
“A pandemia não acabou, então esse é um risco a ser observado”, disse Kammer, destacando a política sanitária restritiva na China.
Outro risco de alta para a inflação europeia é a possibilidade de que a população do continente gaste de forma acelerada suas economias feitas ao longo da crise. Embora “improvável”, o movimento aumentaria o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro em 2%, e a inflação em 0,5% ao ano.
Quanto à atividade no bloco, o FMI espera crescimento do PIB de 3,9% em 2022, projeção que foi revisada para baixo recentemente – de 4,3% anteriormente – por conta do impacto da variante Ômicron do coronavírus, disse Kammer.
Segundo ele, a economia europeia vai ultrapassar a tendência de crescimento anterior à pandemia em 2025, mas a retomada deve ser desigual, com economias fortes no setor de serviços ficando para trás.