O dólar oscilou e caiu com uma realização pontual no câmbio em meio ao avanço das commodities, mas já retomou sinal positivo leve no mercado à vista reagindo ao índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, diz o estrategista Jefferson Laatus, do grupo Laatus. O índice de inflação ao consumidor subiu 0,6% em janeiro ante dezembro e deu salto anual de 7,5%, o maior desde 1982.

O dado mostra que a economia americana está em ritmo forte de recuperação, o que pode obrigar o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) a ser mais agressivo na alta de juros já na reunião de março, afirma Laatus.

As apostas de alta de 0,50 ponto dos Fed Funds só aumentam para a próxima reunião, em março, e o Fed deve fazer pelo menos sete altas do juro básico este ano, por que a atividade americana e as commodities estão fortes, pressionando a inflação no país, aposta o estrategista.

Para ele, o dólar no mercado local pode ganhar mais força com a abertura dos mercados à vista em NY às 11h30, que podem reforçar as quedas já exibidas pelos índices futuros em meio à dispara dos juros dos Treasuries, com o T-Note dez anos perto dos 2% ao ano.

Às 11h11, o retorno da T-Note 10 anos subia a 1,990%, ante máxima em 1,9996% após o CPI, de 1,944% no fim da tarde de ontem.