Mais da metade das empresas (55%) que respondem às pesquisas semanais feitas pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) afirma enfrentar dificuldades com a chegada de componentes importados.
Algumas tiveram de suspender linhas de produção ou pagar multas por atraso de entregas aos clientes. Esse tipo de problema não foi relatado, por exemplo, na crise de escassez de chips.
Na Finder, fabricante de relés – componente usado, por exemplo, em equipamentos de energia, tornos, fresas, alarmes e automação predial -, o atraso na liberação de itens importados da Itália fez com que a empresa arcasse com custos extras de armazenamento.
“Normalmente, o prazo é de três a quatro dias, mas nas últimas vezes demorou duas semanas”, informa Juarez Guerra, diretor-geral da Finder no Brasil e América Latina. A empresa, com fábrica em São Caetano do Sul (SP), atende a indústrias como Siemens, ABB, GE e Romi.
PROTESTO. Humberto Barbato, presidente da Abinee, diz que o quadro é preocupante porque se reflete em aumento no preço do produto. “As taxas de armazenagem são infernais. Algo precisa ser feito urgentemente.”
O protesto dos auditores é pela volta do bônus por desempenho. Ocorre em meio à insatisfação do funcionalismo federal após o presidente Jair Bolsonaro prometer reajuste apenas a policiais, o que abriu uma série de protestos das demais categorias por aumentos salariais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.