O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, recuou nesta quarta, 16, com investidores atentos a indicadores importantes dos Estados Unidos e também à publicação da ata do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Além disso, as tensões entre Rússia e Ucrânia estiveram no radar.

No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 115,41 ienes, o euro subia a US$ 1,1389 e a libra tinha alta a US$ 1,3596. O índice DXY registrou queda de 0,30%, a 95,701 pontos.

O DXY já recuava no início do dia, ampliando as perdas do dia anterior. A libra esteve apoiada, após a inflação forte no Reino Unido reforçar apostas de aperto monetário pelo Banco da Inglaterra (BoE).

Na agenda americana, as vendas no varejo e a produção industrial de janeiro superaram a expectativa dos analistas. À tarde, o dólar ampliou perdas, após a ata do Fed. O documento reafirmou que os dirigentes esperam alta de juros para breve e destacou a inflação, mas segundo a Pantheon foi menos hawkish do que o esperado, sem trazer grandes novidades.

A Capital Economics, por sua vez, diz em relatório a clientes que as moedas de emergentes ligados a commodities tiveram um início de ano forte, mas avalia que elas enfrentarão dificuldades nos próximos dois anos. Para a consultoria, os preços das commodities devem cair em comparação com seus “níveis atuais elevados”. A Capital, porém, acredita que o ajuste no câmbio desses países não deve ser tão forte como o visto em recuos anteriores nos preços das commodities. No curto prazo, as commodities podem ter pressão de alta, se houver escalada na crise entre Rússia e Ucrânia, diz a consultoria.

Hoje, o governo americano disse que ainda não vê sinais da retirada parcial anunciada pelos russos de tropas na fronteira com a Ucrânia. A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), por sua vez, disse que há aumento da presença militar russa na região, ao contrário do prometido por Moscou.