O ouro fechou em alta nesta quarta-feira, 23, impulsionado por uma sessão cautelosa nos mercados globais por conta das tensões geopolíticas na Europa. Potenciais ocidentais prometeram ampliar as sanções já impostas aos russos, à medida que alertam sobre uma escalada militar por Moscou em direção ao território ucraniano.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para abril avançou 0,16%, a US$ 1.910,40 por onça-troy.
“Metais preciosos continuam a brilhar em meio a riscos geopolíticos elevados em relação à Ucrânia, um mercado de ações global em dificuldades e inflação crescente”, disse o analista de mercado da ThinkMarkets, Fawad Razaqzada, em comentários à Dow Jones Newswires.
Entre os destaques do noticiario geopolítico, autoridades dos EUA e da Europa disseram que a Rússia tem mobilizado tropas suficientes para invadir a Ucrânia. Em resposta, os americanos e a União Europeia (UE) intensificaram as sanções contra Moscou, bem como Japão e Austrália. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o ministro de Relações Exteriores do país, Dmytro Kuleba, pediram pela aplicação imediata de mais ações para deter a ofensiva militar russa.
Apesar do ambiente conturbado respingar nos mercados, o TD Securities prevê um recuo no apetite por ouro em breve, à medida que o prêmio de risco associado à Rússia atinge seu limite e a postura agressiva de combate à inflação do Federal Reserve (Fed) impulsione o dólar.
“Sem um comportamento de compra sustentado, é improvável que os preços do ouro permaneçam em tendência de alta, principalmente porque as taxas reais aumentam acentuadamente em meio ao aperto monetário duplo via aumento do juro e redução do balanços de ativos” do Fed, avalia o banco em relatório.
*COM INFORMAÇÕES DE DOW JONES NEWSWIRES