Investida da Softbank, startup Gabriel anuncia 1ª aquisição para ampliar soluções em segurança
O sistema de inteligência artificial começa a ser implementado nas capitais paulista e carioca ao longo do primeiro semestre, sem custo adicional para os clientes da Gabriel. O bairro do Leblon, no Rio de Janeiro, será o primeiro a receber a novidade. A plataforma da Retina, desenvolvida por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), foi testada em nove estados brasileiros, com acurácia de 98%.
Compatível com mais de 6 mil tipos de câmeras de segurança, usa técnicas de deep learning e identifica os caracteres individualmente, e não a partir de padrões sequenciais. A tecnologia permite cruzar informações coletadas com bancos de dados de automóveis roubados para identificar delitos.
A sinergia tecnológica e de equipe motivaram a compra, de acordo com o CEO e fundador da Gabriel, Erick Coser. “A Retina tem um time muito bom e compatível com o nosso, enquanto busca resolver as mesmas dores que nós”, afirma. Segundo ele, a arquitetura de software utilizada pela empresa se assemelha ao da startup, reduzindo os custos e facilitando a implementação.
Ao identificar a ocorrência de um crime, a Gabriel compartilha rapidamente as imagens com as autoridades policiais. A infraestrutura de monitoramento da startup já auxiliou a polícia em mais de 340 investigações, ajudando a inocentar pessoas e a deter assaltantes em série, golpistas de cartão de crédito e quadrilhas especializadas em invasão de condomínio.
A aquisição é a primeira de uma sequência de operações desse tipo prevista, segundo Coser. Segundo Coser, após o investimento do Softbank e da chegada a São Paulo, a startup vai priorizar a expansão dos negócios em frentes variadas, ao longo de 2022. “Para esse ano, queremos escalar nossas operações, ampliando o número de câmeras e de bairros em que atuamos. Além disso, fortalecer ainda mais nosso time de tecnologia”, diz.