“Como alguns pares internacionais e de acordo com nossas obrigações legais e regulatórias, estamos no processo de encerrar nossos negócios restantes na Rússia enquanto ajudamos nossos clientes multinacionais não russos na redução de suas operações”, disse o Deutsche, em comunicado. “Não haverá novos negócios na Rússia”, reiterou.
A decisão do banco alemão foi vista como uma mudança de postura, de acordo com a mídia internacional. Isso porque ao longo dessa semana, um executivo do Deutsche havia afirmado que a saída da Rússia não era “prática” e que o conglomerado precisava apoiar seus clientes no país.
A fala foi de encontro ao movimento feito por grandes bancos estrangeiros de deixar a Rússia em meio à guerra. Ontem, dois gigantes de Wall Street, o Goldman Sachs e o JPMorgan, anunciaram o encerramento de suas atividades em Moscou. As sanções cada vez mais duras do Ocidente ao governo de Vladimir Putin dificultam a vida de instituições estrangeiras em Moscou.
Além disso, ao longo dessa semana, bancos europeus revelaram exposição de bilhões à Rússia, confirmando que são os mais sensíveis a perdas. São quase US$ 75 bilhões em exposição, considerando as instituições financeiras de Itália, França, Holanda e Áustria, segundo o Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), uma espécie de banco central dos bancos centrais. Já os americanos detêm US$ 14,7 bilhões.