Ao longo da última semana, mais de seis companhias chinesas – a maioria delas produtoras e fornecedora de níquel – enviaram alertas a seus clientes e investidores sobre problemas pontuais na produção, altas nos preços ou a desaceleração na capacidade de aceitar ou cumprir os pedidos.
Os preços do níquel, um componente importante usado no aço inoxidável e em baterias elétricas de veículos, dispararam na semana passada, em quadro de cobertura de posições de investidores que estavam vendidos no metal (“short squeeze”).
Na terça-feira, os contratos para três meses do níquel bateram US$ 100 mil a tonelada, levando a LME a suspender as negociações ocorridas naquele dia. No fechamento da segunda-feira os contratos estavam em US$ 48.078, ainda assim quase o dobro do nível visto uma semana antes. A LME ainda vai informar quando a negociação do níquel será retomada.
A forte alta nos preços foi causada em parte pela invasão da Rússia na Ucrânia. Ela afeta companhias diversas. Na Austrália, uma produtora de metais disse que a compra de uma mineradora de níquel por US$ 800 milhões poderia ser adiada, diante do salto nos preços do metal.