A companhia ampliou o faturamento como resultado dos lançamentos e vendas maiores ao longo do ano. O lucro também contou com um avanço nas receitas financeiras oriundos dos financiamentos a clientes.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 57,744 milhões, um recuo de 58,8% na mesma base de comparação anual. A margem Ebitda encolheu 20,2 pontos porcentuais, para 10,6%.
A receita líquida totalizou R$ 543,549 milhões, crescimento de 19,5%. A margem bruta ajustada baixou 7,5 pontos porcentuais, chegando a 28,4%.
Por outro lado, as despesas operacionais da Even deram um salto de 270%, para R$ 97,431 milhões. O principal efeito negativo veio da linha “outras despesas”, em que foi reportado um desembolso de R$ 16,314 milhões com acordos judiciais, sem, entretanto, uma explicação sobre a natureza desses acordos.
A companhia também reportou R$ 2,330 milhões em provisões para distratos, 38% mais que um ano antes.
O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) ficou positivo em R$ 26,301 milhões, enquanto um ano antes foi negativo em R$ 4,414 milhões. A incorporadora ampliou as receitas nas linhas de aplicações financeiras e juros de clientes ao conceder empréstimos para venda dos imóveis.
A Even terminou 2021 com caixa líquido de R$ 628 milhões, resultantes de uma dívida bruta de R$ 313,5 milhões e o valor de R$ R$ 941,6 milhões em caixa.
Do lado operacional, a Even lançou cinco empreendimentos, com valor geral de vendas (VGV) de R$ 808,932 milhões, crescimento de 68% na comparação anual. As vendas líquidas atingiram R$ 404,080 milhões.
Os distratos no quarto trimestre foram de R$ 49 milhões, baixa de 9,2%. No acumulado de 2021, totalizaram R$ 214 milhões, retração de 18%.