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Citi traça meta de crescer 50% no Brasil em 3 anos

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Estadão Conteúdos

O banco norte-americano Citi traçou a meta de crescer 50% no Brasil nos próximos três anos, plano que se refletirá no número de funcionários: ao fim deste período, o total deve passar do atuais 1,9 mil para 2,2 mil. O presidente da filial brasileira, Marcelo Marangon, afirma que o cronograma da expansão começa em meio à campanha para as eleições presidenciais de outubro.

“Nosso foco de mercado é nossa grande fortaleza e nos deixa seguros para anunciar esse crescimento neste ano eleitoral”, explica. Hoje o Citi trabalha, essencialmente, com grandes empresas, no geral mais protegidas da volatilidade. Marangon lembra que o plano de crescimento vem após a filial brasileira registrar, em 2021, seu melhor resultado em dez anos, com crescimento de 36% no lucro liquido, para quase R$ 1,7 bilhão.

Porte

O banco é o nono do País em ativos, mas o segundo maior estrangeiro, com R$ 133,7 bilhões em ativos (alta de 28% em um ano) e patrimônio líquido de R$ 10,6 bilhões, segundo o balanço de 2021. O executivo frisa que o Citi Brasil é o sétimo maior banco de atacado (destinado a empresas) do mundo, presente em 95 países. “Não está no planos de curto prazo voltar ao varejo no Brasil”, destaca.

Marangon conta ainda que a instituição tem investido em sua área de mercado de capitais – em 2021, o Citi participou de 26 operações de ofertas de ações e, neste ano, tem estado presente nas operações de empresas já listadas (follow-ons).

Volatilidade

Marangon pensa que o País tende a se beneficiar nesse momento de crise, sob o contexto da guerra na Ucrânia, por conta de ser um grande exportador de commodities. O executivo lembra que as grandes empresas brasileiras trocaram suas dívidas mais caras por mais baratas nos últimos anos – por isso, não devem sofrer com a alta dos juros.

Outro cenário, contudo, deverá ser sentido pelas empresas menores, com a Selic alta pressionando o custo de suas dívidas. Segundo Marangon, os índices de inadimplência do banco estão confortáveis e não tendem a subir, visto que a instituição financeira tem como foco as grandes empresas.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.