“Nosso foco de mercado é nossa grande fortaleza e nos deixa seguros para anunciar esse crescimento neste ano eleitoral”, explica. Hoje o Citi trabalha, essencialmente, com grandes empresas, no geral mais protegidas da volatilidade. Marangon lembra que o plano de crescimento vem após a filial brasileira registrar, em 2021, seu melhor resultado em dez anos, com crescimento de 36% no lucro liquido, para quase R$ 1,7 bilhão.
Porte
O banco é o nono do País em ativos, mas o segundo maior estrangeiro, com R$ 133,7 bilhões em ativos (alta de 28% em um ano) e patrimônio líquido de R$ 10,6 bilhões, segundo o balanço de 2021. O executivo frisa que o Citi Brasil é o sétimo maior banco de atacado (destinado a empresas) do mundo, presente em 95 países. “Não está no planos de curto prazo voltar ao varejo no Brasil”, destaca.
Marangon conta ainda que a instituição tem investido em sua área de mercado de capitais – em 2021, o Citi participou de 26 operações de ofertas de ações e, neste ano, tem estado presente nas operações de empresas já listadas (follow-ons).
Volatilidade
Marangon pensa que o País tende a se beneficiar nesse momento de crise, sob o contexto da guerra na Ucrânia, por conta de ser um grande exportador de commodities. O executivo lembra que as grandes empresas brasileiras trocaram suas dívidas mais caras por mais baratas nos últimos anos – por isso, não devem sofrer com a alta dos juros.
Outro cenário, contudo, deverá ser sentido pelas empresas menores, com a Selic alta pressionando o custo de suas dívidas. Segundo Marangon, os índices de inadimplência do banco estão confortáveis e não tendem a subir, visto que a instituição financeira tem como foco as grandes empresas.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.