A Yara, segundo a nota, foi diretamente atingida pelo conflito tanto por ter funcionários na zona de guerra da Ucrânia quanto por um míssil ter se chocado com um prédio de escritórios da fabricante em Kiev. De acordo com a nota, nenhum funcionário foi ferido fisicamente.
A empresa ainda afirmou que está adquirindo uma quantidade considerável de matérias-primas essenciais da Rússia, usadas para a produção de alimentos em todo o mundo, mas que as condições geopolíticas desequilibradas podem fazer com que o mercado fique sujeito a limitações e, segundo a empresa, não há alternativas de curto prazo.
“Embora possamos optar por adiar o consumo da maioria dos produtos e serviços, a alimentação é um bem essencial. Uma consequência potencial é que apenas a parte mais privilegiada da população mundial tenha acesso a alimentos suficientes”, afirmou a empresa em comunicado, destacando os potenciais da Rússia e da Ucrânia nos setores agrícola e de fornecimento de nutrientes.
A nota da empresa considera ainda como crucial que a comunidade internacional se reúna e trabalhe para garantir a produção mundial de alimentos e reduzir a dependência da Rússia. “Isso constitui um dilema difícil entre continuar abastecendo-se da Rússia a curto prazo ou cortar a Rússia das cadeias alimentares internacionais. A última opção pode ter consequências sociais consideráveis. Essas considerações não devem ser feitas por empresas individuais, mas precisam ser feitas por autoridades nacionais e internacionais”, afirmou a Yara.
A empresa ainda declarou ser urgente a ajuda à Ucrânia e ao povo ucraniano, bem como o auxílio a produtores locais. “Os agricultores (da Ucrânia) estão agora entrando em um estágio crucial na temporada agrícola em que fatores de entrada como fertilizantes, sementes e água determinarão o rendimento da próxima colheita. Os cálculos mais extremos indicam que se não for adicionado fertilizante ao solo, as colheitas podem ser reduzidas em 50% até a próxima safra”, disse.