No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 114,87 ienes, o euro recuava a US$ 1,0922 e a libra tinha baixa a US$ 1,3234. O DXY avançou 0,88%, a 98,648 pontos, com ganho de 2,10% na comparação semanal.
O euro recuou abaixo de US$ 1,10 pela primeira vez desde maio de 2020. A Capital Economics afirma em relatório que a guerra na Ucrânia gerou dois efeitos claros no mercado cambial: as moedas europeias imediatamente expostas à guerra e a seus impactos econômicos recuaram frente ao dólar, enquanto a maioria das divisas ligadas a commodities se fortaleceram, conforme o preço destas continua a avançar. Segundo a consultoria, um fator que também influencia esse quadro é que a expectativa de altas de juros foi revisada para baixo mais na Europa que em outros locais.
O BBH, por sua vez, destacou que o dólar chegava ao fim da semana com impulso, diante da aversão ao risco entre investidores. Hoje, o fato de que a Rússia atacou militarmente a usina nuclear de Zaporizhzhia esteve em foco. Os EUA condenaram duramente a ação e o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas realizou sessão especial para debater o caso. Há expectativa de mais diálogo entre representantes de Rússia e Ucrânia no fim de semana, mas a investida militar russa prossegue.
Também em foco, o dólar recuava a 106,4535 rublos, no horário citado. A moeda da Rússia assim ajustou um pouco das fortes perdas recentes, após tocar nesta semana mínimas históricas. O G7 voltou a advertir sobre o risco de mais sanções contra o país pela investida militar na Ucrânia e pediu investigação sobre crimes de guerra.