Segundo Jennifer Granholm, as ações “injustificadas” do presidente da Rússia, Vladimir Putin, na Ucrânia e as interrupções resultantes nos mercados globais de energia “demonstraram a necessidade urgente de acelerar a transição para energia limpa, o que tornará o país mais independente de energia e muito menos vulnerável aos caprichos dos ditadores”.
De acordo com secretária, o governo norte-americano “está investindo agressivamente em uma ampla gama de tecnologias de energia limpa, que farão a economia crescer, criarão empregos bem remunerados, reduzirão custos para as famílias americanas e vão combater a crise climática”.
Diretor do Conselho Econômico Nacional dos Estados Unidos, Brian Deese garantiu também que o país tem condições técnicas para levar adiante o compromisso de liberar 1 milhão de barris por dia de suas reservas estratégicas, ao longo de seis meses. Durante entrevista coletiva da Casa Branca, Deese também expressou confiança de que aliados da Agência Internacional de Energia (AIE), que se reúne na sexta, devem liberar óleo de suas reservas, a fim de conter os preços.
Segundo a autoridade, há atualmente 568 milhões de barris de barris nas reservas estratégicas de petróleo dos EUA. A escala e a duração da liberação anunciada nesta sexta é “sem precedentes”, notou, e o prazo de seis meses estipulado pretende estabelecer uma “ponte de médio prazo”, até que companhias no país tenham aumentado sua produção, a fim de atender à demanda forte atual.
“Há demanda significativa”, ressaltou Deese, apontando também que, mais adiante, os EUA pretendem repor a reserva e inclusive deixá-la com montante superior ao nível atual.
Deese disse que os EUA continuam em contato com outros países, de dentro e de fora da AIE, sobre eventuais liberações de estoques de petróleo para conter os preços, no quadro atual.
Questionado sobre o quanto do preço do combustível pode de fato cair nas bombas dos postos, ele disse que isso “é incerto”.